Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

PAULO CEZAR TIMM
( Brasil – Rio de Janeiro )

 

Nasceu no Rio de Janeiro em 11/09/1944.
Economista, formado pela UFRGS. Pós-graduado na ESCOLATINA, Universidad de Chile, e CEPAL/BNDES.
Professor universitário na Universidade de Brasília – UnB.
Técnico do IPEA, órgão do Ministério do Planejamento, Brasília.
Livros publicados: Brasília, o direito à esperança, Brasília, DF 1990 e Brasilianas, Brasília: Paralelo 15, 1998. Eternidade, Poesia de Bolso, vol. O3. Torres: Mottironi, 2014, As Curvas D 2018; O Mampituba, crônicas e história. Torres: Mottironi, 2015.  Canto dos Olhos, poesia, inédito.
Suplente de Senador da Cultura pelo Estado do Rio Grande do Sul ao Congresso da Sociedade de Cultura Latina do Brasil -SCLB.

 

I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO BRASIL construindo pontes. Dilercy Aragão Adler (Organizadora).  São Luís: Academia Ludovicense de Letras – ALI, 2018.   298 p.   ISBN 978-85-68280-12-6   No 10 353

 

PÍLULAS CAMONIANAS 03

Por tudo se descuida o meu cuidado
E busco em luzente Olimpo oscuridade
Trago sempre no mais danoso, mais cuidado
Um sempre ter com quem nos mata lealdade...

Vivo em lembranças, morro de esquecido
Te vejo e vi, me vês agora e viste,
Nestes (...) olhos claros, escondido
Turvo te veja a ti, tu a mim triste.

Estranho mal! Estranha desventura!
Se de todo, contudo, está o lado
N´os dias ajudados da ventura

Paga o zelo maior de seu cuidado
Em toda condição em todo estado
Ou gostos que eu tiver, enquanto dura

MORRE-SE

Morre-se de tudo. Ou de qualquer coisa.
Morre-se de repente, de bala perdidas, ou num acesso de riso
incontido,
Morre-se até do nada:
“Ia o transeunte lépido e concentrado em si mesmo quando caiu
duro.”
Até hoje procuram a causa.
Morre-se da maldade alheia, se nos colhem suas malhas.
E se morre por excesso de compaixão.
“Então, por gentileza, eu morri sem que meu corpo pudesse vingar-se
dos ferimentos recebidos...”
Morre-se assim, morre-se assado.
Morre-se até envenenado pela própria língua.
Manda ver!
Exsurge a morte quando se menos espera e a palavra corta.
Ou se extingue a vida lentamente quando pré-datada...
Pior do que a morte, porém, é o corredor da morte
No seu Sing Sing, principalmente
todos se consideram inocentes e denunciam juízes corruptos e
advogados preguiçosos.
O que seu eu, pois, da minha própria morte?
Mas se tiver que vir por Deus, venha docemente,
como os lábios das mulheres que amei,
a vida que contemplei.
goles de bons vinhos que bebi,
folhas dos livros que li,
baforadas dos charutos que curti com o meu filho dileto.
O tempo não é, dá-se...
Assim como em Sin Sing
O principal / mente:
a clausura para a morte, a própria Língua.

 

QUERER-TE

Como me custa querer-te!
Como me custa!
Penso num cento,
Penso num cesto,
E já nem penso, me dispenso.

Como me custa querer-te!
Como me custa!
Sento para pensar,
Sento para passar,
E já não posso, me destroço.

Como me custa querer-te!
Como me custa!
Há muito não penso,
Há muito não posso,
E já nada faço, me desfaço.

Como me custa querer-te!
Como me custa!
Nem sei se te quero
Nem sei se te espero
O único que sei é que me desespero....


SABORES, SABERES...

Todo mundo sabe:
Ninguém nasce sabendo,
A vida se aprende vivendo.
Sabe-se aprendendo a viver.
E quem vive sabe também
que melhor sabe a vida
quando se sabe ler,
E muito mais ainda
quando se sabe escreve.


O TOQUE DO POETA

O poeta
Não é
Nem nunca foi
Nem será
Senão de versos.

Nele se oculta
E eles o consomem
Reduzindo-o
À mais absoluta nulidade

Afim de que
Tudo o que é mais desgraçado
Ao seu mero toque
Ganhe inconsútil graça
E tudo o que é finito
Se imobilize.


*
VEJA e LEIA outros poetas do RIO DE JANEIRO em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/rio_de_janeiro.html


Página publicada em março de 2025.

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar